Poeta da Revolução, do Partido e do povo, Ary dos Santos deixou uma vasta obra reunida em livros, discos e nas mais de 600 canções que escreveu. Para além dos mais de 40 poemas declamados no CD que é possível adquirir com esta edição do Avante!, Ary dos Santos era uma presença assídua em comícios, festas e espectáculos promovidos pelo seu Partido – o PCP. Ficam aqui três poemas da sua autoria, com a consciência plena de que qualquer escolha, para além de discutível, é sempre redutora da obra do poeta. Mas não era possível falar do homem sem referir a obra.
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Espaço de participação e intervenção aberto a todos aqueles que sendo atingidos pela política de direita do PS reclamam uma vida melhor, foi apresentada, quinta-feira, em Lisboa, a CDU - coligação eleitoral entre o PCP, o Partido Ecologista «Os Verdes» e a Associação Intervenção Democrática - que volta a concorrer às eleições deste ano: europeias, legislativas e autárquicas.Esta iniciativa contou com a participação de António Avelãs Nunes, Deolinda Machado, João Corregedor da Fonseca, Francisco Madeira Lopes e Jerónimo de Sousa.
Na ocasião, o Secretário-geral do PCP destacou a CDU como um espaço de participação democrática para todos os trabalhadores, reformados, jovens, mulheres, intelectuais, agricultores, pequenos e médios empresários e outros democratas preocupados com o rumo do País que «querem acertar as suas aspirações, os seus interesses legítimos, a sua luta com o seu voto».
Nem todas as limitações sentidas pelos criadores à difusão dos seus textos, dos seus filmes, do seu teatro – para nos limitarmos às artes que têm a palavra como modo privilegiado de transmissão de ideias, de emoções e de afectos (embora no cinema e em algum teatro contemporâneo a palavra possa ser apenas um meio subsidiário e não o veículo principal) – se abateram com a queda do fascismo.
José Carlos Ary dos Santos deixou-nos há 25 anos. No dia 18 de Janeiro de 1984. O seu funeral, realizado dois dias depois, sob intensa chuva, foi o maior que alguma vez um poeta teve em Portugal. Contou o Avante! de 26 de Janeiro desse ano que «uma multidão ininterrupta» homenageou o poeta, quer na Sociedade Portuguesa...